quinta-feira, 28 de outubro de 2010

War

Em que momento nós devemos tomar a iniciativa de levantar a bandeira branca? Em que momento devemos tirar a amadura e encarar o que é melhor para a gente? Tem uma frase que diz muito sobre as minhas atitudes diante dessas situações: “Jamais me retiro do campo de batalha. No momento em que travo uma guerra já tenho uma certeza, só saio de cena quando ganhar”. Mas afinal, hoje, para mim o que é ganhar?

Ganhar para mim hoje é manter meu estado de espírito. Ganhar para mim hoje, é manter minha cabeça erguida apesar dos pesares. Sair de cabeça erguida das batalhas cotidianas é imprescindível. Por que com essa batalha, essa batalha ideológica pelo poder seria diferente?

Em uma reunião hoje senti essa paz, essa trégua. Praticamente em uma mesa redonda, estavam a Tríplice Aliança sentada com a Tríplice Entente fazendo o seu tão sonhado e idealizado acordo de paz. Será o final da guerra?

Deixo a diretoria para entrar na História, ou pelo menos para fazer valer a História que há de ser construída do jeito que não conseguimos que ela fosse até agora. Não adianta lutar contra os fatos, eu sei que eles vão fazer um bom trabalho e torço realmente por eles, se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, afinal, somos todos iguais, braços dados ou não.

Meus dias de estudante secundarista estão acabando. Ano que vem serei única e exclusivamente uma vestibulanda. Torço apenas para não me tornar uma adulta acomodada e hipócrita, para não idealizar demais meus momentos no movimento estudantil e lembrar de cada lição, tanto as boas, quanto as ruins e saber como usá-las daqui para frente na minha vida, tanto pessoal, quanto futuramente profissional.

Fico feliz pelas pessoas que me entenderam e adotaram minha causa. Fico feliz para as pessoas que agora quem sabe irão tomar um rumo na vida por causa das palavras que um dia lhes disse. Fico feliz por ser responsável pela razão no momento em que a única coisa que parecia ter voz, era o ego, a vaidade e a emoção. Fico feliz por ver a paz de espírito nos olhos de alguém que eu quero bem e que antes só via preocupação e angústia.

Obrigada meu Deus, obrigada meus anjos por estarem me guiando sempre para o melhor.

domingo, 24 de outubro de 2010

Missing


Em certos momentos de nossas vidas, aprendemos que não devemos esperar nada de ninguém. Principalmente se esse alguém for que você ama.

Certa vez me disseram que quem ama, se sente feliz apenas com o sorriso da pessoa amada, e talvez isso realmente seja verdade, mas tem uma hora que você cansa, se fecha, coloca os pés no chão e segue seu caminho sozinho.

Como em todo caminho, temos nossos obstáculos, as pedras, os buracos, não importa de qual tamanho eles sejam. Às vezes, vem em forma de amizades que não são verdadeiras, que nunca foram, só estiveram ali pelo tempo necessário para que aprendamos como lidar com as pessoas, e talvez para nos mostrar de que de uma forma, ou de outra quem segue do nosso lado, sempre tem que desembarcar em uma estação, ou mudar de trem. E nós temos que ser fortes a cada dia, e esperar que cada segundo seja lembrado com carinho.

Às vezes, pessoas fazem com que nos sintamos bem. Elas parecem ter a formula mágica de tocar nosso coração com cada palavra. Nos dizem o que queremos ouvir, e cabe a nós decidirmos se acreditamos de fato. Temos que encarar os riscos de cada escolha, temos que encarar a realidade se ela não for tão bonita, ou arcar com as consequências se machucarmos um coração que não merece por pura descrença.

Mas além de tudo isso, temos pessoas ao nosso lado que são maravilhosas e que Deus coloca em nosso caminho para nos reconfortar, tudo na hora certa. São como anjos que nos protegem e guardam, e não querem nosso mal. A esses sim, eu devo cada lenço cedido na hora de um choro, ou cada palavra amiga num momento que nada parece dar certo.

A vida já aprontou tantas comigo em tão pouco tempo, que não sei como será daqui para frente. A ferida algum dia vai cicatrizar? E se cicatrizar, ninguém vai abri-la novamente? Talvez eu nunca ache a resposta, talvez eu nunca saiba o significado de um amor de verdade. A única coisa que eu sei, é que eu estou exausta de ser a menina inteligente, que todo mundo pode contar, e que sempre está ali, e passar a ser aquela menina que é realizada, que é amada e não a que ama pelas duas partes. Será que o problema é comigo?

Não, eu não me culpo por nada. Hoje cresci, sou mais pé no chão, e vejo as coisas como elas realmente são, tudo em preto e branco. Não tento pintá-las de cor-de-rosa. Fazer planos, só se for sozinha. A máscara de durona, as vezes faz-me sentir mais segura, mas eu também sinto. E acredito muito no poder de cada palavra que é a mim pronunciada. Não sei mais se posso dizer, “fica, eu preciso de você aqui”, a única coisa que provavelmente saia da minha boca será: “tudo bem, a decisão é sua, ficarei bem. Supero rápido”. Quisera eu superar tão rápido assim.