segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Fly


Sentada na beira da piscina sob o sol lindo que faz hoje, praticamente imóvel, o vôo rasante do bem-te-vi na água. Pode parecer besteira, mas me peguei imaginando a vida desse pássaro, como deve ser maravilhosa. Acordar com o sol nascendo em seu ninho e poder voaaaaar… você conhece alguma coisa mais livre que um passarinho? Cantar a sombra das árvores e se alimentar apenas de frutos,retornar ao ninho para seus filhotes, retornar ao lar feito na árvore mais alta, dos mais altos picos. Quisera eu ser um passarinho.

Alguns deles ainda têm um romance com as flores, às beijando sempre. Outros apenas se abraçam com o vento. Entretanto, têm uns que tem presença fundamental, afinal, sem eles não temos o verão.

Tenho que corrigir um equívoco antes de continuar, TODOS são fundamentais, se fosse diferente a roda da vida não iria girar.

Tanta ladainha para chegar nesse ponto: cada um tem sua função aqui nesse plano. E em dias gostosos como esses que eu percebo como a vida não tem pressa, seja pelo passarinho que pousou na minha frente, seja pelo céu azul ou pelo simples acorde no violão da música tocando. E me sinto agradecida por estar viva e não estar só passando por essa vida.

Todos os momentos. Ter o sol tocando minha pele não tem preço, poder andar descalça, sentir o gelo do sorvete, poder ver o sorriso do meu irmão, ouvir os gritos da minha mãe e os resmungos da minha avó. Não tem o que pague pela dádiva de estar viva.

Como já diria aquela música: Hoje eu não vivo só... em paz. Hoje eu vivo em paz sozinho. Muitos passarão, outros tantos passarinho. Muitos passarão..."


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